06 de agosto de 2020

Deborah Seabra, economista do DataZAP, explica como o mercado está se movimentando e as chances de termos um novo patamar de preços.

Mercado imobiliário – onde estão as oportunidades no momento? Essa é uma pergunta que muitas pessoas devem estar fazendo: tanto os empresários do ramo como os indivíduos que estavam se preparando para adquirir um imóvel.

Você deve se lembrar que 2020 começou com o “pé direito”: a expectativa era uma alta de 3%, colocando o setor como um dos principais da economia para este ano. Também, segundo o IBGE, o PIB (Produto Interno Bruto) da Construção Civil cresceu 0,3% em 2019 – a primeira alta desde 2014.

Com a queda na taxa selic, você acredita que é o momento certo para investir na compra de um imóvel?

A queda na taxa Selic, sem dúvidas, torna a compra de imóveis bastante atrativa, uma vez que devemos ver uma redução nas taxas de juros de financiamento imobiliário. Além disso, o imóvel ainda é visto pelos brasileiros como um ativo seguro e, dado o cenário que estamos vivendo, onde os ativos de renda variável estão sofrendo grande volatilidade e a queda na taxa Selic implica menor rentabilidade médio para os investimentos em renda fixa, o imóvel pode ser uma boa alternativa para investimento no momento.


Há novidades no Minha Casa Minha Vida?

O Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou no final de março a continuidade das contratações das unidades habitacionais do Programa MCMV, especialmente das Faixas 1,5; 2 e 3. Para garantir celeridade ao processo, os subsídios concedidos a pessoas físicas nos contratos de financiamentos passarão a ser realizados exclusivamente com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A expectativa é que a medida garanta a contratação de cerca de 330 mil unidades habitacionais, o que dá alguma confiança para o setor.


Sou proprietário de um imóvel e pretendo alugar, devo abaixar o preço ou esperar os próximos meses?

A situação deve ser analisada caso a caso e depende muito da composição da renda do proprietário. Quanto mais importante for o valor recebido pelo aluguel para pagar as contas do proprietário, mais suscetível deve estar a abaixar o valor do aluguel para ganhar liquidez nesse momento de crise. Porém, o proprietário deve ter em mente que os contratos de aluguel tem duração de até 3 anos, então fechar um contrato de aluguel a um preço mais reduzido agora terá consequências que durarão para além da crise causada pela pandemia.